Tratamentos e especialidades

Retocolite Ulcerativa

O que é a Colite e/ou Retocolite Ulcerativa? 

A Retocolite Ulcerativa inespecífica (RCU) e/ou “colite” são consideradas doenças inflamatórias intestinais (DII). A doença está conceitualmente restrita ao intestino grosso e reto, acometendo as camadas mais internas do intestino.  Às vezes, o termo “Colite” é utilizado para englobar todas essas alterações do intestino, sem necessariamente ser a Retocolite Ulcerativa ou a doença de Crohn.

Qual a causa da retocolite ulcerativa?

A origem das doenças inflamatórias intestinais inclui alterações genéticas, fatores ambientais e desarranjos do sistema imunológico.

Tanto a retocolite ulcerativa, como a doença de Crohn, são doenças de difícil diagnóstico e no começo dos sintomas pode haver confusão entre o que é Crohn e o que é Retocolite.

Quais os sintomas da Retocolite ulcerativa? 

Os principais sintomas são: as crises de diarréia prolongadas (que duram mais de 15 dias) e de forte intensidade (muitas evacuações por dia); sangramento e catarro (muco) nas fezes; e dor e distensão abdominal (aumento do volume do abdome). Pode ainda ocorrer febre persistente, emagrecimento, perda do apetite e anemia.

Além disso, existem as manifestações extra intestinais, como dor articular, doenças do fígado, rins, entre outros órgãos.

Existe tratamento com uso de medicamentos para essas doenças? 

Sim. Hoje em dia o tratamento para a retocolite ulcerativa é feito com medicações como anti-inflamatórios, antibióticos e medicamentos considerados biológicos. 

O tratamento da RCU deve ser conduzido de forma individualizada para cada paciente e inclui o uso de diversas medicações específicas para o intestino, imunossupressores, corticosteroides, drogas imunobiológicas e tratamento cirúrgico, dependendo da gravidade de cada caso.

Quanto tempo irá durar meu tratamento?

O tempo de tratamento e a quantidade de medicações a serem usados no tratamento dependerão da intensidade dos sintomas e da melhora clínica e endoscópica do paciente. Geralmente, o uso de medicamentos é prolongado e deve sempre ser orientado por um médico especialista acostumado a lidar com esse tipo de doença. 

 

Precisarei de cirurgia no intestino por causa da doença? 

Talvez. Em alguns casos, dependendo dos sintomas ou complicações (estreitamento do intestino) pode ser necessária intervenção cirúrgica. 

O que posso comer? E nas crises, como devo me alimentar? 

A alimentação do paciente tanto na Doença de Crohn e Retocolite deve ser a mais rica possível em qualidade e de acordo com a gravidade da doença: frutas, legumes, proteínas e carboidratos são importantes. A restrição alimentar, com um cardápio cheio de proibições, pode fazer com que o paciente emagreça e piore seu estado geral, pois é preciso individualizar o cardápio, e de preferência com a orientação de um nutricionista acostumado a lidar com esse tipo de doença.

Nas crises de diarréia, é aconselhável evitar alimentos muito ricos em fibras, pois podem aumentar o número de evacuações. Alguns pacientes terão de tomar vitaminas e suplementos alimentares para manter o peso e a massa muscular, já que o intestino inflamado tem menos capacidade de absorver os alimentos. 

Às vezes, nos quadros graves da doença, é preciso parar de ingerir alimentos, no intuito de descansar o intestino, e receber a alimentação pela veia (nutrição parenteral) para poder melhorar. Por tudo isso, o acompanhamento médico é essencial.

Posso engravidar se tiver essas doenças?

As DII não impedem nenhuma pessoa de constituir família e ter filhos. Muitas mulheres acabam melhorando da doença quando estão no período da gravidez. Existem medicamentos que podem ser administrados durante o período gestacional. Uma assistência médica qualificada pode tranquilizar e orientar a família nesse momento tão importante. 

Como uma doença do intestino pode afetar a minha qualidade de vida?

As doenças do intestino, muitas vezes, prejudicam a qualidade de vida da pessoa, pois ela tem dor e crises de diarréia, o que pode atrapalhar o trabalho e/ou os estudos. 

Hoje, aliado à indústria farmacêutica, o profissional médico está apto a individualizar o tratamento dessas pessoas, oferecendo medicações mais adequadas para cada caso, além de apoio psicológico e alimentar através de equipes multidisciplinares (médico, cirurgião, psicólogo, enfermeiro, nutricionista, etc.).

Dicas de qualidade de vida para pessoas com DII: 

1. Consulte seu médico periodicamente, mesmo que seja para falar que está bem. O vínculo com o médico melhora o tratamento e o acompanhamento da doença. 

2. Nunca pare de tomar os medicamentos ou os introduza sem falar com seu médico. Muitas vezes o resultado esperado do tratamento pode ser prejudicado porque o paciente se cansa de tomar tantos remédios. 

3. Faça sempre práticas esportivas, mas antes consulte um profissional adequado para obter orientações. 

4. Alimente-se bem todos os dias para reter o maior número possível de nutrientes no organismo e assim manter sua forma ou ganhar peso. 

5. Mantendo seu corpo saudável você conseguirá trabalhar e estudar melhor.